Um mergulho no universo de Monteiro Lobato
Consciente de que o autor é referência em literatura infantil, a professora Daniela Castilhos Nicola envolveu todas as crianças do Instituto Estadual Dr. Luiz Pacheco Prates na leitura de suas obras
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Por acreditar que a Hora do Conto deve extrapolar o conteúdo de um livro, já que é necessário contar e recontar uma história de diversas maneiras e ainda utilizar vários recursos durante a apresentação para levar os alunos a um mundo mágico, no começo de 2012, a professora Daniela resgatou tudo que as crianças conheciam sobre Monteiro Lobato, para iniciar o projeto que foi desenvolvido por todo o ano letivo.
Dado o primeiro passo, ela deu uma visão geral das aventuras de todos os personagens do autor às turmas do 1º ao 5º ano. Desde então, o encantamento tomou conta dos alunos e a instituição de ensino, que fica em Quaraí, município do Estado do Rio Grande do Sul, ganhou ares de Sítio do Picapau Amarelo. Depois, cada turma ainda adotou um personagem, a partir do qual desenvolveu uma série de atividades: música, teatro, produção textual, culinária, confecções de fantoches e até contação das peripécias de cada um.
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O desenvolvimento do trabalho
“As turmas 12 e 22, por exemplo, escolheram a Emília e eu fiz a contação da obra Memórias da Emília. Mas como também tínhamos a boneca que representa a personagem, a cada dia, uma criança a levava para casa junto a um caderno, no qual registrava como tinha sido a visita dela. Para estimular ainda mais a imaginação e o interesse dos alunos, eu me fantasiei de Emília e os surpreendi na biblioteca, onde dançamos e brincamos”, conta a professora.
“As turmas 12 e 22, por exemplo, escolheram a Emília e eu fiz a contação da obra Memórias da Emília. Mas como também tínhamos a boneca que representa a personagem, a cada dia, uma criança a levava para casa junto a um caderno, no qual registrava como tinha sido a visita dela. Para estimular ainda mais a imaginação e o interesse dos alunos, eu me fantasiei de Emília e os surpreendi na biblioteca, onde dançamos e brincamos”, conta a professora.
Já a turma 11 elegeu Pedrinho, momento em que se deu a narração do livro Caçadas do Pedrinho e, em paralelo, o resgate de brincadeiras infantis como a da pipa e a do jogo de bolita. Por sua vez, como a turma 21 preferiu a Cuca, a criançada entrou em contato com a história dela, assistiu a vídeos do Sítio, produziu música e um teatro de sombras (aprenda a fazê-lo na próxima edição), ao mesmo tempo em que também pesquisou receitas de chás e remédios caseiros, que passaram a ser chamados de “Receitas do Bem da Cuca”.
O pessoalzinho que selecionou Tia Nastácia, após conhecer a personagem, resolveu fazer os famosos bolinhos de chuva (receita no box lateral). Com a receita em mãos, reuniram e misturam os ingredientes em sala de aula. Com a massa pronta, foram à cozinha da escola, onde a professora da turma fritou a gostosura. Em seguida, já no refeitório, degustaram a delícia tradicional do Sítio do Picapau Amarelo.
Nesse processo, enquanto o Visconde rendeu uma série de fantoches, devidamente elaborados com espiga de milho, Rabicó teve seu rosto pintado em um balão e, como Emília, também pôde ir à casa dos alunos, que relataram por escrito os cuidados que tiveram com ele. Dona Benta inspirou pesquisas sobre idosos e interpretações de história contadas por ela por meio de fantoches. Já o Saci fez com que os alunos se aprofundassem em pesquisas sobre outros seres mágicos.
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Quase no fim do ano, o projeto foi encerrado com oficinas diversas, entre as quais as de confecção de máscaras dos personagens, de criação de bonex'cos articulados, como o da Emília e do Visconde, e de dobraduras. Atividades como corrida do Saci, acerte a bola no Rabicó e charadas do Visconde também ocorreram. Logo após as apresentações musicais e de teatro, a avaliação conjunta do corpo docente da escola demonstrou que o objetivo pré-estabelecido foi alcançado, pois todos os alunos se envolveram, participaram com animação do desenvolvimento do trabalho e ainda se interessaram pela leitura, em virtude do estimulado recebido de todos os professores, que teve apoio da equipe diretiva do instituto na realização de todas as etapas.
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